quinta-feira, 28 de março de 2013

Os Direitos Humanos e um “movimento gayzista”


Nunca me dei bem com o termo Direitos Humanos, por ter visto várias vezes indivíduos militantes desta organização defendendo “condições humanas” para assassinos. Ora pois, direitos humanos devem ser reservados evidentemente a humanos direitos e não facínoras deste naipe. Em 2012, quando houve o estupro em um ônibus na Índia, no pior estilo gang rape, lá estavam os tais direitos humanos querendo livrar os criminosos da pena de morte - da qual sou extremamente à favor em casos de assassinato, estupro e sequestros.

Mas quero questionar algo mais recente e talvez mais ameno, a nomeação do deputado federal e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Nesta terça (26) o UOL Notícias publicou:

“Bancada religiosa representa um quinto do Congresso e se une e para conter o avanço de pautas como aborto, drogas, direitos das mulheres e de homossexuais. Postura leva a questionamentos sobre real laicidade do Estado.”

Tracei uma curta biografia do pastor-deputado, e primariamente nada justifica os esforços de grupos sociais para apeá-lo do cargo, mas o que estes grupos e estes manifestantes acreditam, é que o deputado Feliciano vai justamente agir tal como diz o parágrafo acima – que vai protelar, atrasar e vetar assuntos que vão contra o que acreditam e pregam os evangélicos. Se isto acontecer, mesmo sendo incorreto, seria algo óbvio, não? Muito natural, senão vejamos:

Ao conquistarmos o direito de agir, comportar ou ainda se expressar de uma forma considerada controversa, o próximo passo é naturalmente exaltar esta conquista e sim, angariar mais adeptos! Então é previsível que o que imaginam todos os que estão contra o deputado realmente aconteça – principalmente em relação à qualquer benefício a homossexuais. Feliciano pertence ao Partido Social Cristão, e a maioria das vertentes do cristianismo condena o comportamento sexual homogenital.

Afunilando esse assunto tão complexo, seguirei com dois exemplos que corroboram minha teoria: 
- Em qualquer cidade desse país, há sempre um novo templo evangélico surgindo, e os fiéis pertencentes a estas congregações apresentam sempre muita disposição quando o assunto é pregar os ensinamentos que adotaram para suas vidas.
- Quanto a cidadãos homossexuais, bem – descobri que podemos enxergar a situação por uma ótica parecida, graças ao jornalista Olavo de Carvalho, que numa das edições de seu programa True Outspeak faz um alerta contra o que ele chama de “Movimento Gayzista”.
Olavo diz o seguinte, que homossexualismo é uma coisa que sempre existiu e vai existir, mas que este tal movimento "incita" indivíduos a terem semelhante comportamento.
Agora deixemos o jornalista de lado e sua opinião como homem ortodoxo e cristão. Há uma verdade aí: se para um evangélico é bom conviver entre os seus e ver a expansão de sua comunidade, para os que não são heterossexuais também, sem dúvida, e com a legalização do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo (entre outros direitos e garantias que certamente estão por vir) esta população já tende a aumentar espontaneamente, e gostemos disso ou não, devemos no mínimo respeitá-los.

Regra universal, nada de mais: queremos estar entre “os nossos” – e eventual ou inevitavelmente, contra os demais...

pB.


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