Nunca me dei bem com o termo Direitos Humanos, por ter visto várias vezes indivíduos militantes desta
organização defendendo “condições humanas” para assassinos. Ora pois, direitos
humanos devem ser reservados evidentemente a humanos direitos e não facínoras deste naipe. Em 2012, quando
houve o estupro em um ônibus na Índia, no pior estilo gang rape, lá estavam os tais direitos humanos querendo livrar os
criminosos da pena de morte - da qual sou extremamente à favor em casos de assassinato, estupro e sequestros.
Mas quero questionar algo mais recente e talvez mais ameno,
a nomeação do deputado federal e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP)
como presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Nesta terça (26) o UOL Notícias publicou:
“Bancada religiosa
representa um quinto do Congresso e se une e para conter o avanço de pautas
como aborto, drogas, direitos das mulheres e de homossexuais. Postura leva a
questionamentos sobre real laicidade do Estado.”
Tracei uma curta biografia do pastor-deputado, e
primariamente nada justifica os esforços de grupos sociais para apeá-lo do
cargo, mas o que estes grupos e estes manifestantes acreditam, é que o deputado
Feliciano vai justamente agir tal como diz o parágrafo acima – que vai
protelar, atrasar e vetar assuntos que vão contra o que acreditam e pregam os
evangélicos. Se isto acontecer, mesmo sendo incorreto, seria algo óbvio, não?
Muito natural, senão vejamos:
Ao conquistarmos o direito de agir, comportar ou ainda se
expressar de uma forma considerada controversa, o próximo passo é naturalmente
exaltar esta conquista e sim, angariar mais adeptos! Então é previsível que o
que imaginam todos os que estão contra o deputado realmente aconteça – principalmente
em relação à qualquer benefício a homossexuais. Feliciano pertence ao Partido
Social Cristão, e a maioria das vertentes do cristianismo
condena o comportamento sexual homogenital.
Afunilando esse assunto tão complexo, seguirei com dois exemplos
que corroboram minha teoria:
- Em qualquer cidade desse país, há sempre um novo
templo evangélico surgindo, e os fiéis pertencentes a estas congregações
apresentam sempre muita disposição quando o assunto é pregar os ensinamentos
que adotaram para suas vidas.
- Quanto a cidadãos homossexuais, bem – descobri que podemos
enxergar a situação por uma ótica parecida, graças ao jornalista Olavo de
Carvalho, que numa das edições de seu programa True Outspeak
faz um alerta contra o que ele chama de “Movimento Gayzista”.
Olavo diz o seguinte, que homossexualismo é uma coisa que
sempre existiu e vai existir, mas que este tal movimento "incita" indivíduos a terem semelhante comportamento.
Agora deixemos o jornalista de lado e sua
opinião como homem ortodoxo e cristão. Há uma verdade aí: se para um evangélico
é bom conviver entre os seus e ver a expansão de sua comunidade, para
os que não são heterossexuais também, sem dúvida, e com a legalização do matrimônio entre
pessoas do mesmo sexo (entre outros direitos e garantias que certamente estão por vir) esta população já tende
a aumentar espontaneamente, e gostemos disso ou não, devemos no mínimo respeitá-los.
Regra universal, nada de mais: queremos estar entre “os
nossos” – e eventual ou inevitavelmente, contra os demais...
pB.
Agreed dude!
ResponderExcluirThanx!
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