quinta-feira, 21 de junho de 2012

Invitation to dance



Este texto é um convite, endereçado a todos que o lerem.

Um simples convite para que cada um se pergunte se está fazendo o que gosta – e em caso negativo, ponderar se é necessário passar por isto.

Antes que o leitor resolva abortar a leitura (afinal, textos e clichês de autoajuda se veem aos montes na internet, especialmente no facebook, e a maioria é imprestável) peço que prossiga um pouco mais. Sou novo na profissão, mas aprendi perfeitamente a escrever “não dando ponto sem nó”. Valerá à pena.

Sempre que conheço alguém, assim que tomo conhecimento do que a pessoa faz para viver eu de imediato pergunto: você gosta do que faz? E observo a resposta atentamente. Se em outra ocasião algum amigo se queixa comigo sobre seu trabalho, cônjugue ou qualquer empecilho, eis minha indagação: você precisa mesmo se sujeitar a esta situação? Como tenho um círculo minúsculo de amigos, costumo insistir nestas duas questões, primeiramente por estar escrevendo um livro sobre novas alternativas para a felicidade e progresso de um indivíduo, e também porque me importo com o bem-estar de meus colegas.

Problema número um: naturalmente estas duas questões disparam um alarme, um chamado de rebelião, de revolução, mas apenas por alguns instantes. É a tríplice maledeta: comodismo, derrotismo e covardia. Estes comportamentos são causados por fatores como “tenho estabilidade neste emprego”, ou “meu marido / minha mulher ao menos cuida de mim”. Tem mais: “e se eu não encontrar outro trabalho?”, ou ainda “ah, ninguém mais vai me querer!”
Resultado: as queixas vão se acomodando e o indivíduo vai se acostumando com estes problemas. Sem se dar conta, passa a exibi-los como seu estilo de vida: sua culpa de estimação. Na minha humilde opinião, estas atitudes transformam um ser humano em degrau para que outro com mais atitude, força de vontade e coragem alcance o sucesso!

Problema número dois: bem, eu morri pela boca, e vou contar o que houve. Há 12 anos atuo no mesmo ramo com razoável competência. Ao me perguntar se estava feliz com o que fazia, a resposta veio depressa, feito rastro de pólvora: nem mesmo quando comecei eu me perguntei se era aquilo que eu queria para minha vida! Então, não, não estava feliz, estava no mínimo desmotivado e entediado. A segunda pergunta veio com igual rapidez: preciso continuar com isto? Eu só precisei desta para resolver tudo. Mas surge aí uma terceira questão, uma que todos respondem com um sorriso no rosto: que atividade eu teria prazer em desempenhar? No caso deste que vos escreve, já estou no “cargo” que elegi para minha vida. A coisa que mais amo fazer. Escrever. Aos poucos estou abandonando meu antigo ofício para me dedicar apenas às letras. Estou acreditando nisto e não olharei para trás.

Ninguém terá a resposta para o enigma dos outros, apenas para o próprio. Mas estas duas questões, sempre que feitas acionam um “pisca-alerta” no nosso cérebro para obtermos a resposta. Eu as tinha aqui ao meu lado, no meu laptop. Vivia escrevendo sobre elas e direcionando-as para todo mundo, mas esqueci de mim mesmo. E era infeliz e não sabia. E por fim:

- Agradeço a todos que têm me dado suporte durante o tempo que estive fora do meu eixo, pois neste período nunca tive aceitação bovina com a situação ou acariciei minha culpa, então sei que decepcionei muita gente. Creio ter acordado a tempo para rumar ao meu pódio e aprender com meus erros.

- Aos que estão infelizes com o que fazem e creem que podem se libertar das garras da infelicidade: não permitam que a sensação de uma “volta por cima” evapore com o término deste texto! A maioria de nós foi educada acreditando que apenas depois de sofrimento, humilhação e sacrifícios é que se alcança o sucesso. Um grande erro! Mentira! Não sabemos de onde viemos, quanto tempo vamos ficar, nem pra onde vamos e tampouco se voltaremos.

“Lute por seu sucesso e inspecione sua felicidade periodicamente”

PEDRO BOTTERO.